sábado, 10 de setembro de 2011

POETAS e educação: texto da minha amiga Marisa Pereira

Os poetas sendo um pouco crianças já brincaram de faz de conta fazendo arte num poema, num conto em qualquer contexto.

A poesia é uma maneira de comportar-se diante do mundo. Nada melhor que a leitura de poesia e de literatura, em geral, para compreender um pouco a percepção de mundo do poeta.

Segundo Glória Kirinus, quando alguém diz que sabe alguma coisa, fica perplexa, ou estará enganado ou é um farsante, ou somente ignora e se ignora dessa maneira?

Cecília Meireles em poucos versos lança um convite para nossa reflexão em torno desse não-saber-sabendo. Deve ser por causa desse não-saber-sabendo que a linguagem dos poetas é a linguagem da possibilidade, do talvez do quem sabe.

A palavra para o poeta é tudo, é liberdade, meio, fim e começo.

A autora se considera uma poeta da humanidade habitante do planeta terra.

Pouco comprometidos com valores materiais, os poetas ou sábios são mais livres e mais ousados. Muitos deles são andarilhos do mundo e insaciáveis pesquisadores de geografias alheias. Gostam de mergulhar nos mistérios da vida, nos segredos da natureza, na complexidade humana e na mina dos livros.

Como exemplo dessa liberdade temos Cecília Meireles, Gabriela Mistral e Tagore que eram poetas educadores. Eles se definem como amigos dos ventos,das águas e sentem a necessidade de invadir a sala de aula dessa felicidade.

A chilena Gabriela Mistral quebra as fronteiras de seu país para ser cidadã do mundo e falava que chegará o tempo em que nosso corpo estará empregando pelos quatro continentes, pelas línguas e culturas.

O poeta é gênio na medida da ingenuidade, diz Glória Kirinus.

Faz parte da ingenuidade, abrigar uma unidade entre o pensar e o dizer, entre a moral e a ação.

O poeta na sua expressão de generalidade ingênua faz poesia e, ao mesmo tempo que é surpreendido, surpreende as próprias palavras com o seu ponto de vista inusitado.

É na esfera da poesia que a generalidade se consolida.

O professor poderá aprender com a poesia e com o poeta a desaprender se excesso de dogmas e certezas para colocar-se em relação de descoberta diante do mundo com suas loções de infinito.


Nenhum comentário:

Postar um comentário