Os poetas sendo um pouco crianças já brincaram de faz de conta fazendo arte num poema, num conto em qualquer contexto.
A poesia é uma maneira de comportar-se diante do mundo. Nada melhor que a leitura de poesia e de literatura, em geral, para compreender um pouco a percepção de mundo do poeta.
Segundo Glória Kirinus, quando alguém diz que sabe alguma coisa, fica perplexa, ou estará enganado ou é um farsante, ou somente ignora e se ignora dessa maneira?
Cecília Meireles em poucos versos lança um convite para nossa reflexão em torno desse não-saber-sabendo. Deve ser por causa desse não-saber-sabendo que a linguagem dos poetas é a linguagem da possibilidade, do talvez do quem sabe.
A palavra para o poeta é tudo, é liberdade, meio, fim e começo.
A autora se considera uma poeta da humanidade habitante do planeta terra.
Pouco comprometidos com valores materiais, os poetas ou sábios são mais livres e mais ousados. Muitos deles são andarilhos do mundo e insaciáveis pesquisadores de geografias alheias. Gostam de mergulhar nos mistérios da vida, nos segredos da natureza, na complexidade humana e na mina dos livros.
Como exemplo dessa liberdade temos Cecília Meireles, Gabriela Mistral e Tagore que eram poetas educadores. Eles se definem como amigos dos ventos,das águas e sentem a necessidade de invadir a sala de aula dessa felicidade.
A chilena Gabriela Mistral quebra as fronteiras de seu país para ser cidadã do mundo e falava que chegará o tempo em que nosso corpo estará empregando pelos quatro continentes, pelas línguas e culturas.
O poeta é gênio na medida da ingenuidade, diz Glória Kirinus.
Faz parte da ingenuidade, abrigar uma unidade entre o pensar e o dizer, entre a moral e a ação.
O poeta na sua expressão de generalidade ingênua faz poesia e, ao mesmo tempo que é surpreendido, surpreende as próprias palavras com o seu ponto de vista inusitado.
É na esfera da poesia que a generalidade se consolida.
O professor poderá aprender com a poesia e com o poeta a desaprender se excesso de dogmas e certezas para colocar-se em relação de descoberta diante do mundo com suas loções de infinito.
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