sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Análise da entrevista com o Escritor Ziraldo

Análise da Conferência:

Ler é mais importante do que estudar.

O tema foi desenvolvido pelo escritor, cartunista, desenhista... Ziraldo em entrevista a professora do IESDE.

Ziraldo começa seu relato afirmando que este tema: "Ler é mais importante do que estudar”, tornou-se algo polêmico no meio educacional do país, no entanto acredita que hoje esta questão já está mais aceita.
Realmente este assunto abre um leque de discussões, dentre estas, terem a consciência de que estudar, buscar conhecimento, aprendizagem sem uma apropriação da leitura, sem o domínio pleno desta, não acontece.
Tendo em vista que através da leitura as pessoas buscam informações, aprendem mais, podem fazer escolhas, desenvolve a imaginação, criatividade, criticidade, podem escrever e falar melhor, esta, torna-se direta e indiretamente o instrumento maior da aprendizagem, isto é, se acontece o domínio da leitura em toda a sua dimensão, proporcionalmente acontece a apropriação do conhecimento, logo, de aprendizagem. Cabe estimular, motivar, despertar o gosto pela leitura, e esta função perpassa pela família e se complementa na escola, no desenvolvimento de técnicas e metodologias específicas de leitura.
Ziraldo descreve, brilhantemente, que "A leitura é o nosso sexto sentido”, dizendo que o ato de ler deveria ser algo característico do ser humano, deveria ser natural.
"Livro -porta jóia da palavra", neste recurso a imensidão do universo,que todas as palavras são carregadas de significado.
"O livro não morre nunca","Livro, objeto que conduz a palavra gravada", destaca a importância que o livro deveria ter na vidas das pessoas, que querem crescer e viver melhor; Ele conta a história viva da humanidade.
Através da leitura, o conhecimento se revela naturalmente, cabe a nós,professores e futuros mestres, nos apropriarmos e acreditarmos que é através desta que nossos alunos poderão aprender mais e tornarem-se pessoas melhores e cidadãos conscientes do mundo em que vivem

Qualidade no ensino `a distância

O maior foco analisado na conferência está no desafio que a sociedade quer realizar na questão da qualidade e democratização do ensino, e que esta somente vai acontecer quando conseguirmos elevar o nível da escolaridade da população, facilitando o acesso dos nossos estudantes ao curso de graduação (nível superior).
Sabe-se que o desenvolvimento de um país e melhora na produção de renda, está diretamente relacionado ao quanto se investe educação, isto é, as desigualdades educacionais perpassam pelas desigualdades de renda.
Quanto a isso o governo federal, pratica algumas ações que vêm viabilizar a concretização deste desafio: A aprovação do FUNDEB - Fundo Nacional da Educação Básica, que visa atender com verbas as escolas, desde a educação infantil até o ensino médio, e, também com investimentos na capacitação dos professores, tanto na graduação quanto na formação continuada.
Um dos instrumentos para que aconteça uma melhora na qualidade, está no acesso à capacitação dos profissionais da educação; Neste ínterim está a Educação a Distância que quer democratizar, como diz o professor Jairo Jorge da Silva, republicando a Universidade, aumentando a oferta de vagas e oportunidades.
Como saber se a Educação à Distância será também de qualidade, tendo em vista a resistência da população e também do setor empresarial? Para isso podemos contar com instituições preocupadas com a qualidade e também nos parâmetros para avaliação feitos pelo MEC, este tem suas metas (desafios) neste processo. São estes:
Trinta por cento da população estudantil na Universidade, a busca real e efetiva do conhecimento, e que esta Universidade seja o centro do desenvolvimento, o aumento da oferta a acessibilidade (que seja para muitos) e que todas as Universidades tenham um marco regulatório, isto é, um documento permanente ( reconhecimento pelo MEC).
A qualidade do ensino seja na modalidade à distância ou presencial, esta diretamente ligada à consciência de todos, seja dos governos, da população, instituições, enfim, de toda a sociedade.

Um caso de amor com a vida - Análise de entrevista com Rubem Alves

Relatório sobre a entrevista com o escritor Rubem Alves
Um caso de amor com a vida

“Quem deu licença para entrar no meu coração;
Eu não entrei no seu coração,
Quando eu entrei no meu coração, o seu coração é que estava La dentro... ”Rubem Alves
Se tivermos olhos para a vida somos felizes, logo, temos um caso de amor com a vida.
O educador possui inúmeras tarefas, mas com certeza a primeira é ensinar a ver provocar a curiosidade nas crianças, ensinar a amar a vida, a natureza, deve sim, provocar o desejo de querer conhecer, através de perguntas, questionamentos, de sua apropriação, isto é, ajudar os alunos a achar os caminhos (rotas) do conhecimento.
Rubem Alves questiona os currículos escolares, que estes não têm o menor sentido, até os considera muitas vezes, como inúteis para a vida dos nossos alunos, seja no presente, bem como no futuro.
Coloca-se contra as interpretações de texto, da forma como acontece hoje nas escolas, sugere que ao solicitar uma interpretação de texto, o professor permita que seu aluno a apresente da forma que ele entender melhor, seja através de imagens, produção textual, desenhos,dramatização,isto é, que tenha a liberdade de mostrar realmente a sua interpretação.
Quanto ao ensino da escrita, acredita que existe somente uma maneira (forma) de aprender a nossa língua, é através da leitura, daí a importância dos professores lerem para seus alunos e propiciarem novas formas de leitura e contatos com estes meios.
O conhecimento acontece quando existe a apropriação do ambiente em que se vive, deve –se aproveitar- se do cotidiano e da sua realidade para construir e despertar o conhecimento, isto é, “Aprenda com sua casa”, desenvolvendo várias concepções de conhecimento: ecologia, química, ciência, matemática, estudos sociais...
O escritor Rubem Alves, constata, com tristeza, que os pais muitas vezes são inimigos da educação, pois não se interessam na apropriação do conhecimento, quer que seus filhos sejam promovidos a outra série, passem no vestibular, mas não querem saber se tem o conhecimento propriamente dito,se aconteceu ou não a aprendizagem.
O professor, principalmente da educação infantil, deve se transpuser a situação infantil para entender seus alunos,deve criar espaços lúdicos e de liberdade para fazer acontecer o conhecimento, a aprendizagem...despertando o senso de dignidade, de acolhida e de segurança;sugere trabalhar com projetos,pois estes estão centralizados no interesse dos alunos, havendo motivação para buscar o conhecimento;
Acredita que a grande transformação na educação só vai acontecer quando a mudança passar pela “cabeça” e pelo “coração” dos educadores e mesmo que a LDB ou outras leis, sugira,incentive reformas e maneiras para trabalhar em educação, nada vale se o professor não fizer a mudança no seu interior.
Quanto à alfabetização na educação infantil, Rubem Alves acredita que não se deve forçar situações;Para que ensinar a ler antes da hora? No entanto, se houver interesse da criança não imposição dos pais, não vê porque não oferecer.
Fala com tristeza sobre a realidade prática das escolas, quando se refere à fragilidade da escrita, da não mudança, das atividades maçantes de rotina.
Para ser professor tem que ter talento.
O que me torna mais humano é o que me dá felicidade.
Os professores precisam se tornar alunos de seus alunos; para lidar com as crianças devem ficar na ponta dos pés...para alcançar o nível deles.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Professor alfabetizador

As crianças precisam de desafios pedagógicos para confrontar e refletir sua própria escrita e leitura,estabelecendo um elo dinâmico entre a linguagem e o texto escrito.
Conhecer e compreender o processo evolutivo da escrita de seus alunos,que se inicia nos rabiscos e avança à representação alfabética, é tarefa fundamental do professor alfabetizador.